

História da notação Musical

Transcrição o epitáfio de Sícilo
Os Gregos tinham pelo menos quatro sistemas derivados
das letras do alfabeto.
Exemplo A:
Exemplo B:
Observe a comparação entre a versão grega e o sistema
moderno de grafia:
Sistema de Boécio – século IV:
Neumas
O termo Neuma vem do grego “pneuma” e se refere à grafia de um fraseado musical cantado em um único fôlego. Posteriormente passou a definir apenas os símbolos que representavam determinadas flexões melódicas além de outros eventos como os gestos dos regentes de coral.
A notação de neumas evoluiu na Grécia e no Império Romano até se dividirem em dois tipos: os neumas oratóricos, escritos sem pauta, que apenas indicavam o caminho da melodia para os cantores, e os neumas diastemáticos que utilizavam primeiramente uma linha imaginária e que já indicava certa precisão em relação à altura.
A partir daí foram se acrescentando linhas à pauta: a primeira escrita acima dos textos em vermelho para o “fa”, uma segunda linha em amarelo para o “do” e entre as duas acrescentou-se uma terceira linha em preto.
Guido d’Arezzo
No século X a notação musical passa por uma reformulação acompanhando as reformas da própria música a exemplo do Sistema Tonal que se encontrava em vias de desenvolvimento. Neste momento importante da música em plena Idade Média o monge italiano Guido d’Arezzo, que era um regente do coro da Catedral de Arezzo na Região da Toscana, adota uma pauta de quatro linhas, nomeia as notas musicais a partir de um texto sagrado em latim extraído do hino a São João Batista revolucionando não apenas o ensino da música a partir da mão guidoniana, mas também, criando definitivamente a notação musical moderna.
As sete notas musicais (do, re, mi, fa, sol, la e si) foram criadas com a intenção de facilitar a memorização das melodias. Guido d’Arezzo, após ter pesquisado centenas de cânticos, encontrou um hino a São João Batista onde cada verso começava com uma altura diferente e imediatamente superior ao anterior.
Hino a São João
Que significa:
“Para que teus grandes servos, possam ressoar claramente a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios impuros, ó São João.”
Assim ele trocou as letras dos neumas pelas sílabas:
A nota Si é uma contração das iniciais do nome São João, “Sancte Ioannes“ do verso final e surgiu no final do século XV.
Para facilitar a leitura, o compositor e teórico italiano Giovanni Battista Doni (1595 – 1647), trocou o nome UT para DO (primeira sílaba do seu próprio nome) chegando às notas musicais que conhecemos nos dias de hoje.
Mão Guidoniana
À Guido d’Arezzo é também atribuído a invenção da “Mão Guidoniana”, um sistema mnemônico usado para o ensino da leitura musical, em que os nomes das notas correspondiam a partes da mão humana.
Teoria da Música
Hebert Nascimento